[OFF] Pintura do Portão de Kiri

- Mas não tem nada melhor? – indaguei ao homem que estava supervisionando o posto de missões após ler o pergaminho que continha a missão. Ao que parecia, e deveria dar uma de “faxineiro” da vila. O homem simplesmente me ignorou, indicando a porta com a cabeça. - Onde já se viu...? Eu, limpador de portão? Alguém vai ser processado... – reclamei, enquanto caminhava rumo ao portão. Apesar de todo o “chororo”, estava um pouco animado, pois aquela seria minha primeira missão como um gennin. Como nos dias anteriores, o frio predominava, porém a neblina tinha diminuído. - Meu Deus... – exclamei ao observar o portão. Aquilo era grande demais para uma pessoa só, e estava um lixo, praticamente. Aproximei-me de um dos guardas. - Eu vim aqui limpar o portão, o que já deveria ter sido feito há muito tempo por qualquer outra pessoa. – disse ao homem. Este resmungou alguma coisa, e foi pegar os materiais necessários para a limpeza. Nesse meio tempo, fiquei pensando na melhor maneira de limpar aquilo. Conclusão: não seria fácil. O shinobi voltou, trazendo consigo um balde de água, um esfregão, uma lata de tinta, pincéis e um avental. - Obrigado e, deseje-me sorte. – brinquei. Volto-me para o portão. - Vejamos, por onde começar... O mais provável seria começar por baixo, mas quando fosse limpar a parte de cima, a sujeira ia descer e estragar a limpeza, fazendo com que eu lavasse de novo aquela parte. Então, o mais lógico seria começar por cima. Observei o local à procura de algum andaime ou escada, mas nada. - EXTRA! EXTRA! Mizukage some com o dinheiro da vila. Para onde foi? Descubra lendo a nova edição do “Jornal de Kiri” – gritei ao perceber a falta de investimentos em obras públicas, mesmo sendo uma pequena como a reforma do portão. Então, uma ideia brilhante me ocorreu. Afastei os materiais de limpeza e, após fazer todos os procedimentos necessários, bato com a palma da mão no chão, dizendo: - Kuchiyose no Jutsu! Logo após terminar de dizer essas palavras, um círculo, seguido de kanjis, aparecem ao redor de minha mão e, quase que instantaneamente, uma espeça nuvem de fumaça se forma. Quando esta se dispersa, uma enorme cobra de cor roxa é revelada. - Há quanto tempo, hein Aoda? – disse sorrindo ao réptil - Resumindo, você vai servir de escada pra eu limpar essa... Coisa. Ok? Um simples silvo foi suficiente para que entendesse que estava tudo bem. Vestindo o avental, fiz com que Aoda subisse até o topo do portão. Mergulhei o esfregão na solução limpante (que tinha uma aparência desagradável e um cheiro ruim) e comecei a esfregar o portão. A sujeira estava muito pesada então tive de aplicar mais força do que o normal. Algumas partes eram mais fáceis que outras, mas no fim, a primeira parte da missão estava pronta: o portão estava totalmente limpo. Porém ainda faltava enxaguá-lo, mas como? Não estava chovendo, e eu não possuía a natureza Suiton. Então uma alternativa incomum vem a minha cabeça. - Ei, Aoda, será que você consegue guardar água na sua boca? – perguntei a cobra. Ele reclamou um pouco, mas conseguiu convence-lo. Seguimos até um lago próximo e Aoda encheu a boca com uma quantidade razoável de água, suficiente par enxaguar o portão. - Vamos lá, já estamos quase acabando! – disse, após o termino do enxague. A tinta parecia ser a parte mais fácil. Fora alguns respingos e manchas no rosto e na roupa, nada sério havia acontecido. Havia usado a mesma estratégia da hora da limpeza, de começar por cima e terminar por baixo. Ao fim de tudo parei para admirar a minha nova obra. Tinha me saído melhor do que esperava. O portão estava como novo, com suas novas cores, em tons de azul e branco. - Valeu Aoda. Fico te devendo essa. – agradeci. Esta então desapareceu em uma nuvem de fumaça. Então, devolvi os materiais para o guarda, e, logo em seguida, voltando até o posto de missões. - Aqui estou. – disse ao homem, com um sorriso no rosto.